Comunidades Pomeranas do Município de Roque Gonzales, Rio Grande do Sul - Brasil
Boas-vindas ao Pommersche Gemeinschaften!
Recomendações para leitura:
Upm Land up Pomerisch Sprach ou, em português, Na roça em Língua Pomerana (Um livro texto). Ismael Tressmann, Vitória, E.S., 2006; publiado pela Secretaria da Educação do Espírito Santo -SEDU.
Pomerisch - Portugijsisch Wöirbauk ou, em português, Dicionário Enciclopédico Pomerano - Português (Uma publicação para consultas, contém gravuras). Ismael Tressmann, Vitória, E.S., 2006; publiado pela Secretaria da Educação do Espírito Santo -SEDU.
Informações: Assessoria de Comunicação, Secretaria Estadual da Educação (SEDU), José Roberto Santana, telefones 3137 3656 e 9971-0958, endereço de e-mail: jrsantana@sedu.es.gov.br
POMMERblad - Informativo das Comunidades Germânicas
Visite o site do jornal acima. O POMMERblad é editado em Vila Pavão, no estado do Espírito Santo. Você irá encontrar matérias muito interessantes no POMMERblad. Seguem dois exemplos.
Município de Arroio do Padre: Recentemente foi publicado um artigo sobre o um município gaúcho que há pouco se emancipou de Pelotas, no estado do Rio Grande do Sul, onde cerca de 70% da população são de origem pomerana e onde o idoma dos antepassados ainda é mantido naturalmente entre certa porcentagem da população. Como a mairia dos residentes são luteranos, dada a nova autonomia, estuda-se a possibilidade de mudar o nome da localidade para Município Arroio do Pastor.
DAT LAIREN: Também publicado pelo POMMERblad, é uma matéria raríssima no Brasil justamente por ter sido escrita inteiramente em pomerano. A autoria é de Edir Marli Foeger, Melgaço, Domingos Martins, Espírito Santo (material coletado por Dr. Ismael Tressmann). Muitas pessoas assumem, erroneamente, que pomerano e alemão são sinônimos. Apesar de existirem variantes distintas, o pomerano é um idioma sem igual e possui um riquíssimo histórico lingüístico. Como podemos ver, a língua pomerana é um assunto interessantíssimo para ser estudado mais a fundo.
A partir da cidade de Porto Lucena, Rio Grande do Sul, o grupo musical:
ECO LATINO!
A foto com o grupo musical, acima, foi scanneada do cartaz de propriedade e publicação do grupo Eco Latino © - JWG/Jornal Igaçaba ©
Uma revelação no canto!
Nome: Dalila Jacques Vorpagel
Apelido: Dali
Data de nascimento: 04/10/1994
Passatempo: Cantar, estudar, ler, etc
Cantor: Roberto Carlos
Cantora: Ivete Sangalo
Gênero Musical: Pop Rock
Musica que sempre canta: Anita Garibaldi
Sonho: Cursar Jornalismo
Dalila é vocalista do grupo musical Eco Latino, da cidade de Porto Lucena, estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Eco Latino realiza apresentações artísticas nas cidades da fronteira do sul do Brasil e até mesmo na própria República Argentina!
Autora da foto com o microfone: Roseile ©
ROQUE EM DESTAQUE: Não percam a programação semanal da Rádio Missioneira do município de São Luiz Gonzaga, um caderno radiofônico sobre a cidade vizinha de Roque Gonzales com apresentação do radialista Renê Leal - todas as segundas-feiras das onze horas da manhã ao meio dia.
Reforma na sepultura do pioneiro Helmuth Smidt foi inaugurada
Dia 02 de novembro de 2006, Dia de Finados, a Comunidade Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, de Cerro Largo, realizou culto de finados em homenagem a Helmuth Smidt no cemitério municipal, ao lado da sepultura reformada pela comunidade com o patrocínio de LH Dhamer Mármores e Granitos ©. O culto, ministrado pela pastora Marisa, foi às 17h45 e teve como objetivo lembrar o importante papel desempenhado por Helmuth Smidt na colonização de Cerro Largo.
A comunidade agradece a LH Dhamer Mármores e Granitos © pela reforma da sepultura e à folha da produção pela divulgação, destaca a presidente Adelaide Fitz.
Quem são
Os luteranos são cristãos evangélicos filiados à Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), oriunda da Reforma Protestante, que surgiu na Alemanha em 31 de outubro de 1517, liderada por Martin Lutero. Em 1824 chegaram ao Brasil os primeiros imigrantes, trazendo a fé luterana.
Quem era
E entre os imigrantes que chegaram em Serro Azul, estava Helmuth Smidt. Ele foi professor e exercia a função de pastor, com os cultos sendo realizados numa pequena igreja, localizada um pouco acima da atual sede do Sicredi. Smidt foi o fundador do cemitério, na época dividido em duas partes. A parte dos fundos para a Igreja Católica e a da frente para a Luterana.
Helmuth Smidt foi o segundo administrador da Colônia Serro Azul, de 1905 a 1914. Visando a harmonia entre católicos e protestantes, destinou a todos da Confissão Luterana para as Linhas 3, 4 e 5, atuais Dona Helena, Dona Otília e Boa Esperança.
Somente em 22 de julho de 1975 ressurgiu em Cerro Largo a comunidade evangélica luterana. Reformando a sepultura de Helmuth Smidt, queremos resgatar a história dos luteranos e a importância que tiveram na colonização, finaliza Adelaide.
Fonte: A matéria acima foi publicada no jornal regional Folha da Produção ©, da cidade de Cerro Largo, Rio Grande do Sul, Brasil, em nove de novembro de 2006.
Para ver imagens satélite da cidade de Cerro Largo, faça um clique AQUI!
HISTÓRICO DA COMUNIDADE DE ESQUINA EMANUEL
Geschite der Gemeinde Esquina Emanuel (in Portugiesisch)
Roque Gonzales (Munizip/município)
Rio Grande do Sul (Bundestaat/estado)
Brasil (Brasilien)
O nome Esquina Emanuel, foi escolhido pelos moradores desta localidade devido a Igreja, denominada Igreja Evangélica Luterana Emanuel, construída na esquina da estrada que liga esta comunidade a Roque Gonzales, São Paulo das Missões, Linha Barão e Cabeceira da Palmeira.
Esquina Emanuel está localizada a 13km da sede do município, a 236 metros em relação ao nível do mar, tendo como localidades vizinhas; ao sul Cabeceira do Cinamomo, ao oeste Cabeceira da Palmeira, ao leste Dona Helena e ao norte o município de São Paulo das Missões.
As primeiras famílias Vorpagel, Lorentzen, Grützmann, Havermann e Bergmann oriundos da região de Pelotas, Bom Jesus e São Pedro do Sul neste estado. Acostumadas a trabalhar em terras acidentadas, procuraram uma região parecida com a qual estavam acostumadas e aqui se instalaram, por volta do ano de 1909. Com muito cuidado e dificuldades os colonizadores começaram a derrubada da mata para prepararem suas lavouras.
A alimentação destes colonizadores era praticamente batata doce, arroz descascado em pilão, feijão e mandioca.
Junto com suas ferramentas também trouxeram sua crença em Deus e logo se preocuparam em construir um local onde pudessem se reunir e prestar seu culto, sendo assistidos pelo pastor Hufnagel, levantaram uma capelinha na linha Dona Helena, junto fizeram um cemitério no qual enterraram seus entes falecidos. Consta como primeira pessoa enterrada Wilhelm Berwaldt, falecido no dia 21 de fevereiro de 1913.
Em 1915 houve uma desavença entre os moradores e seguidores desta crença, que culminou com a divisão e transferência da igreja para o alto do morro, tendo como data oficial da fundação da Congregação Evangélica Luterana Emanuel, como 15 de março de 1915. Praticamente junto com a fundação da igreja fundaram também uma escola, para que os filhos dos colonizadores pudessem estudar. Sendo então assistidos pelo pastor que também servia de professor Curt Rachke.
Abertura de estradas, os meios de transporte e a distância até as cidades eram dificuldades sentidas pelos colonos. O gado de corte e a criação de porcos eram no início o que mais gerava renda. As carroças e charretes puxadas por bois ou cavalos transportavam as pessoas e os produtos até o comércio mais próximo, nas cidades de Cerro Largo, São Luiz Gonzaga, Santa Rosa e São Borja. Um dos produtos comercializados era a nata, que era juntada nos bolichos e uma vez por semana era transportada até Cerro Largo em tonéis, onde existia uma indústria de manteiga.
O primeiro automóvel que entrou nesta comunidade, foi um 29 comprado pelo senhor Ricardo Vorpagel, que se tornou muito útil, pois servia para transportar os moradores para diversos locais, principalmente para levar pessoas doentes ao hospital mais próximo, que estava localizado em Salvador das Missões.
No início a debulha das sementes como, arroz, feijão e soja era feita com cavalos ou bois, até o ano de 1953 quando o senhor Ricardo Vorpagel e sua família fabricaram a primeira trilhadeira, que fez o serviço para todos os moradores, após esta, várias trilhadeiras foram fabricadas.
A língua predominante dos moradores desta comunidade até hoje ainda é o pomerano, primeira língua que muitas crianças aprenderam antes de ir para escola, uma língua que vem de uma região da Alemanha que se chama Pamerânia (ver Pomerânia na enciclopédia internacional Wikipedia). Até o ano de 1941 os registros em livros, como livros de atas da Igreja, foram feitos em língua alemã. Após a 2a Guerra Mundial, todos são feitos em língua portuguesa.
No dia 18 de agosto de 1948, um incêndio destruiu a igreja, no momento em que o professor estava em aula com seus alunos. A Igreja era totalmente de madeira, tanto as paredes, assoalho, bem como o telhado que era de taboinhas. O incêndio foi provocado, por uma queimada feita próxima a igreja, pelo senhor Alberto Vorpagel. Quase nada do que estava dentro da igreja foi salvo, apenas o altar e alguns bancos. A partir deste momento foi apressada a construção da nova igreja, da qual já havia sido lançada a pedra fundamental, no dia 15 de fevereiro do mesmo ano. As dificuldades quanto à construção da nova igreja eram grandes. A Congregação já possuía uma olaria, para fabricar os tijolos, a areia era retirada do Rio Ijuí, para onde os moradores se deslocavam de madrugada, retiravam a areia, durante o dia e retornavam ao anoitecer. A nova Igreja foi inaugurada no dia 17 de setembro de 1950, sendo usados 105 mil tijolos para sua construção. O primeiro casamento realizado na nova igreja foi de Matim Vorpagel e Amália Grützmann.
Os alunos estavam tendo suas aulas em um pavilhão denominado, Lar da Juventude. No dia 15 de fevereiro de 1968 foi lançada a pedra fundamental da nova escola, sendo concluída e inaugurada no mesmo ano.
No dia 11 de maio de 1946, o Serviço Geográfico do Exército Brasileiro colocou, aqui nesta comunidade, um marco, denominado Marco Geodésico (Ciência que trata da forma e das dimensões da Terra, ou de pontos determinados de sua superfície), marcando como este ser o local mais alto da região, marco este ainda existente.
Também existem ao lado da quadra de esportes desta comunidade, três marcos em forma de triângulo, nos quais periodicamente o exército brasileiro, vem com aparelhagem sofisticada, fazer análises e testes. Estes marcos são bem antigos, não sabemos citar o ano em que foram colocados.
No ano de 1956, o senhor Alberto Klug, adquiriu em Santo Ângelo numa exposição a 1a vaca da raça Jérsei. A partir daquele momento e da compra deste animal, aumentou o interesse dos moradores de melhorar a genética de seus animais e aumentar a produção e venda de leite. Atualmente, a venda do leite é o carro chefe das propriedades desta comunidade.
No ano de 1958 começou a 1a linha de ônibus, que fazia o roteiro uma vez por semana para Cerro Largo.
O 1o trator, Valmet 60, foi adquirido no ano de 1962, pelo senhor Martim Klug, que no ano de 1972 também comprou a primeira colheitadeira, uma Ideal 800, estes dois equipamentos auxiliaram muito, os moradores desta localidade e das vizinhas.
No alto do morro foram perfurados 3 poços artesianos, todos eles secos, um com 205 metros de profundidade, outro com 186 metros e ainda, um terceiro com 75 metros de profundidade. No dia 16 de fevereiro de 1999, não mais no alto do morro e sim na encosta foi perfurado o 4o poço, que com 75 metros de profundidade, dá uma vazão testada de 15 mil metros cúbicos por hora. Poço este que está atualmente fornecendo água para os moradores de Esquina Emanuel e Serro do Paraíso, perfazendo 94 famílias atendidas. Água esta que os moradores desde o início assumiram e são responsáveis pelo pagamento até hoje.
Fatos contados e vividos pelos moradores da Comunidade
Contam os moradores mais antigos desta Comunidade, que o nome Dona Helena (linha 5) se deu por causa da 1a criança que nasceu neste local ter recebido o nome de Helena. Esquina Emanuel e Dona Helena são localidades próximas e uma depende da outra.
Um fato que é muito comentado, como sendo uma história verdadeira, foi a caçada de um tigre, feita pelo senhor Bertholdo Vorpagel no início da colonização. Animais para caçar existiam em abundância e os moradores possuíam cães de caça ferozes. No dia deste fato, do qual não se sabe o dia certo que ocorreu, o senhor Bertholdo e dois irmãos entraram mata adentro, acompanhados por 9 cães de caça. Quando de repente os cães fizeram um barulho imenso, aproximando-se do local, viram que os cães haviam encontrado um tigre no alto de uma árvore, grossa e inclinada. Bertholdo Vorpagel, acompanhado por sua espingarda de caça, não teve dúvida, mirou para o lado da fera e desferiu-lhe um tiro. Não se importando com o ocorrido a fera continuou em seu lugar. Tentando dar outro tiro, seu Bertholdo se posicionou, mas sua espingarda negou fogo. Seus irmãos com medo e preocupados com o tamanho da fera, fugiram deixando-o sozinho. Pensou em estar bem acompanhado por seus 9 cães de caça, cortou uma vara comprida e começou a cutucar a fera, que após algum tempo resolveu descer da árvore. Quando no chão imediatamente os cães se puseram na fera, que já de prontidão matou 2 cachorros. Não sabendo o que fazer devido a fera estar irritada, não deixando que os cães se aproximassem e sabendo que a espingarda não estava funcionando, Bertholdo de posse de um machado, que haviam levado junto mata a dentro, lentamente foi por trás da fera, que se descuidou, desferindo uma violenta machadada na cabeça do animal, matando-o ali mesmo. O toco da árvore ainda existe até hoje conservado em local de difícil acesso.
Outro fato contado aconteceu no ano de 1915, na localidade de linha Dona Helena, onde os moradores construíram primeira igreja. Conta-se que em virtude de uma desavença havida entre freqüentadores da igreja, um grupo resolveu de durante a noite sumir com a igreja, desmanchando e escondendo a madeira com que havia sido construída. Madeira que alguns dias mais tarde foi transportada para o alto do morro, onde foi usada para construção da nova igreja.
(Fonte: pesquisa realizada junto aos moradores desta comunidade. É um pequeno relatório, que traz algumas informações sobre nossa comunidade e seus colonizadores. Muitos fatos ainda surgirão e serão relatados em relatórios posteriores.).
Texto do histórico: Professor Laurindo Armando Borth ©.
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Fotos: Acervo Família Klug ©
Legenda das fotos: Agência Igaçaba ©.
FOTOS E LEGENDAS:
Igreja Esquina Emanuel em dia de festejos, após sua reconstrução.
As famílias dos colonizadores alemães e pomeranos eram muito numerosas, como atesta esta foto, vendo-se também ao fundo, uma típica habitação.
O grupo de canto na Igreja Luterana, ao som do órgão, num dia de casamento.
Um dos primeiros transportes coletivos, sofrendo avaria num pneu.
O gado, fonte de riqueza na produção do leite.
Uma caminhonete Chevrolet © da década de 1940, transportando reses pelo estradão.
Um casamento da época.
Produtos coloniais, como ovos, sabão caseiro, entre outros.
Martin Klug e suas irmãs Joana e Elisabete. Líder político da comunidade, Martin foi eleito suplente de vereador na Câmara Municipal de Vereadores de Roque Gonzales, 2a Legislatura (1973-1976).
Esquina Emanuel (cores) - Casamento na igreja da Esquina Emanuel, vendo-se ao fundo o histórico altar.
Atenção! Nota de copyright (©): É proibido qualquer reprodução destas imagens, seja para uso pessoal ou comercial, sem antes receber autorização por escrito de um/uma representante do acervo fotográfico da família Klug.
apresentação pessoal - einführung
SANDRA KLUG
Foto Roque ©
Mensagem:
Quanto mais você se torna inflexível, mais está perdendo a vida.
Viver é arriscado, morrer é que não tem nenhum risco.
Tradução informal em pomerano:
Wo meia as du hat boist iam Lévant, meia foliost du fôm Lévant.
Levant ias iifielich, wiena aista dout ias diant iast niame iifielich.
Foto Roque ©
Data de nascimento: 13/09/1981, Roque Gonzales
Filiação: Martim Klug e Silvana Klug
Maior qualidade: Prestativa
Medo: Da solidão
Sucesso: Meu trabalho
Fracasso: Confiar demais nas pessoas
Música inesquecível: Royal Journey (André Andreo)
Filme: Os estagiários (comédia)
Livro: O sentido da vida - tradução de Luiz Fernando Veríssimo
Hobby: Viajar, projetar modelos na área de confecções
O que é duro de engolir: Arrogância e injustiça
Uma viagem marcante: Porto Rico, Argentina
O que faz para espantar a tristeza: Gosto de ouvir música
Um elogio inesquecível: Que sou um ser humano admirável
Orgulho de: Ser do bem
Um desafio: Encarar a vida todos os dias com a mesma coragem
Marca pessoal: Humildade
O que te emociona: A vida
O que te decepciona: A forma como o ser humano é tratado
O que não pode faltar no seu dia-a-dia: Música e alto astral
Um fato positivo que te marcou: O dia da minha formatura
Sonho: Me formar em turismo e design de moda
IX Encontro Intermunicipal da Mulher
Realizou-se no sábado, dia 07 de outubro de 2006, o IX Encontro Intermunicipal da Mulher, na localidade de Vila Dona Otília, Roque Gonzales. O evento foi promovido pela Emater/RS-Ascar e Conselho dos Clubes de Mães de Roque Gonzales.
Bertha Lutz: Pioneira da luta pelo direito ao voto femenino no Brasil.
O encontro teve seu sucesso consagrado pela presença de autoridades locais e dos municípios de Porto Xavier, Porto Lucena e Pirapó. Do Gerente Regional da Emater/RS-Ascar de Santa Rosa, Jorge Lunardi e da ATR de BES, Clotilde Bao, além do público de mais de 600 mulheres que se empolgaram com a realização deste evento.
O Encontro iniciou pela manhã com um Culto Ecumênico, após teve palestra sobre auto-estima com a Pastora Mariza Alebrant. Ainda antes do meio-dia tivemos palestra sobre Segurança e Soberania Alimentar com a Neca da Emater. Ao meio dia almoço. À tarde apresentações artísticas com o Grupo de Danças da Terceira Idade de Vila Dona Otília, grupo de alunos da Escola Municipal Martin Luther e ainda apresentações de danças do CTG Sentinelas da Cascata, da cidade de Roque Gonzales.
Como era um dia de festa para todos teve sorteio de vários brindes, brincadeiras e um sarau dançante.
Esses encontros são muito importantes, pois proporcionam as mulheres rurais e também urbanas, um dia de lazer, recreação e reencontros.
A todos que se apresentaram e prestigiaram este evento os nossos sinceros agradecimentos.
Texto por Marisete Rockenbach
Extensionista Emater
Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural - Emater
Município de Roque Gonzales,
Estado do Rio Grande do Sul,
BRASIL
DOIS CONTOS (zwei Essays):
Imperfeição das palavras
Findava-se o ano de 2004. Ainda no mês de novembro eu já fazia planos para a festa de formatura da nossa turma. Já imaginava tudo pronto, o professor chamando-me para fazer o discurso como representante dos alunos, os elogios, os parabéns e a diversão.
Tudo passou tão rápido quando iniciamos nossos estudos em 1996, a turma era grande. Poucos de nós nos conhecíamos. Mas com o passar dos anos alguns ficaram para trás, mas nada que nos fizesse desistir, pois ao mesmo tempo em que perdíamos colegas que paravam de estudar ou reprovavam, encontrávamos companheiros que seguiam juntamente com nós, compartilhando do mesmo sonho.
Estávamos já no final da 8a série, 22 alunos, alguns tímidos, outros mais soltos, mas ao todo éramos uma turma maravilhosa. Se formos falar de cada um, teríamos assunto para um livro.
Para mim houve colegas mais especiais, mas todos ficaram marcados em minha vida. Infelizmente o resultado final não foi dos mais agradáveis, mas enfim, nada é perfeito. Dos alunos que foram aprovados, nem todos participaram da solenidade de formatura, mas os que participaram com certeza gostaram.
Eu especialmente estava muito feliz, tive a honra de ser escolhida pelos meus colegas como oradora da turma. Estava tudo perfeito, roupa nova, texto pronto, toda família reunida. Mas naquela ocasião sentia a falta de uma pessoa muito importante, minha avó paterna, que falecera há quase um ano atrás. Mas tenho orgulho em dizer que contei com o apoio dela, mesmo ela não estando fisicamente comigo.
Mas como a perfeição total não existe, apesar de a solenidade ter sido maravilhosa, ao final, enquanto até pessoas desconhecidas me parabenizavam, todos os meus familiares me cumprimentavam, sentia a falta de uma das pessoas mais importantes para mim, minha mãe, que dias depois me disse que não havia me parabenizado porque era uma conquista insignificante, e que só seria importante quando eu me formasse na faculdade e tivesse um emprego para lhe dar presentes e dinheiro. Ao contrário do que minha mãe disse, meu pai me disse que era o orgulho dele e que sempre iria me apoiar e incentivar em tudo o que eu quisesse.
Porém continuo minha vida, não guardo mágoas, mas sinto como algumas pessoas são egoístas e só pensam em riquezas materiais.
Marili Cantini Rediess tem 16 anos, é filha de Elvin Rediess e Meri Terezinha Cantini Rediess. Estudante do 2o Ano do Ensino Médio na Escola Estadual de Educação Básica Érico Veríssimo. Adora ler e praticar esportes. É natural de Roque Gonzales e reside na Linha Portão.
Tapera velha
Um grupo de turistas paulistas decidiu passar as férias no sul do Brasil. Corria o mês de janeiro de 1985.
No aeroporto, todos aguardavam a chamada para o vôo. Mas um turista, o Pereira Nunes, tinha uma sensação estranha: às vezes achava ser chamado por alguém, sem saber quem. O vôo foi chamado e o avião decolou.
O Pereira Nunes, enquanto lia um jornal, adormeceu. Teve então um sonho ainda mais estranho: de um rancho abandonado saía um garoto e um cão repetidas vezes e, quando aquele ia lhe dirigir a palavra, o Pereira foi acordado por um grande tumulto.
O avião havia perdido altitude e o piloto o controle. A essa hora já sobrevoavam o Rio Grande do Sul.
O avião cortou o espaço e as árvores e parou violentamente. O Pereira sofrera alguns arranhões, por incrível que pareça, enquanto que alguns apresentavam o corpo ensangüentado e outros se queixavam de dores. A situação era caótica. Dois tripulantes morreram.
Mas, no entanto, conseguiu-se abrir uma portinhola, e os tripulantes foram saindo, inclusive Pereira Nunes, que fora buscar ajuda.
Uma escura, densa e deserta vegetação estava à sua frente, fazendo-o desesperançoso. Mas este não desistiu e, ao ver uma pequena casa, ficou pasmado.
Era a mesma do seu sonho. E não tardou a sair dela um garoto e seu cão, que se dirigiram a ele perguntando se não tinha visto gado solto. Pereira disse que não e, quando ia pedir ajuda, os dois desapareceram como mágica.
Agora estava mais confusa a situação, mas Pereira não desistiu e, após duas horas, encontrou um povoado.
Imediatamente as pessoas partiram ao resgate e Pereira contou o que tinha visto. Um velho, ao ouvir, explicou que ele presenciara a lenda da tapera velha.
Esta dizia que um casal, seu filho e um cusco habitavam felizes aquele rancho, até que ladrões de gado roubaram a sua criação. O filho e o cão estavam sozinhos em casa e tentaram impedir, mas foram mortos, assombrando, daí pra frente o local, até que viesse alguém libertar suas almas.
Pereira pensou ser tal pessoa por causa do sonho e foi, dias mais tarde, à tapera velha.
Mas este não a viu mais, pois desabara em função do tempo. Estava tudo quieto e Pereira voltou para São Paulo, acreditando ser tudo uma ilusão. Mas ele sentia que alguém o chamava.
Ridiguer Ittner Radiess nasceu no dia 19/03/1990, residindo desde então em Dona Otília Norte, Roque Gonzales. Iniciou sua vida escolar aos 6 anos na Escola Municipal de Ensino Fundamental Martin Luther (Dona Otília) onde concluiu o Ensino Fundamental, estando agora na Escola Estadual de Educação Básica Érico Veríssimo, onde freqüenta a 2a série do Ensino Médio.
Dia da Reforma Luterana
No próximo dia 31 de outubro de 2006, terá lugar na Linha Portão, interior do município de Roque Gonzales/RS, a partir das 14h30min. Um Encontro das Igrejas Luteranas, com ato religioso e confraternização entre as comunidades presentes.
Em Roque Gonzales existe a Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil – IECLB e Igreja Evangélica Luterana do Brasil - IELB, com sede nas Comunidades de Vila Dona Otília (fundação em 1908) e Esquina Emanuel (fundação em 1909).
Foto ao lado: O quarto de Martinho Lutero no castelo de Wartburg, em Eisenach, Alemanha, nas condições em que se encontrava por volta de 1900. Lutherstube auf der Wartburg, Eisenach, Deutschland c. 1900.
O Dia da Reforma Luterana é uma data que consta do calendário de feriados oficiais do município de Roque Gonzales, instituído pela Câmara Municipal de Vereadores.
Agência Igaçaba ©.
Recomendações para leitura:
Upm Land up Pomerisch Sprach ou, em português, Na roça em Língua Pomerana (Um livro texto). Ismael Tressmann, Vitória, E.S., 2006; publiado pela Secretaria da Educação do Espírito Santo -SEDU.
Pomerisch - Portugijsisch Wöirbauk ou, em português, Dicionário Enciclopédico Pomerano - Português (Uma publicação para consultas, contém gravuras). Ismael Tressmann, Vitória, E.S., 2006; publiado pela Secretaria da Educação do Espírito Santo -SEDU.
Informações: Assessoria de Comunicação, Secretaria Estadual da Educação (SEDU), José Roberto Santana, telefones 3137 3656 e 9971-0958, endereço de e-mail: jrsantana@sedu.es.gov.br
POMMERblad - Informativo das Comunidades Germânicas
Visite o site do jornal acima. O POMMERblad é editado em Vila Pavão, no estado do Espírito Santo. Você irá encontrar matérias muito interessantes no POMMERblad. Seguem dois exemplos.
Município de Arroio do Padre: Recentemente foi publicado um artigo sobre o um município gaúcho que há pouco se emancipou de Pelotas, no estado do Rio Grande do Sul, onde cerca de 70% da população são de origem pomerana e onde o idoma dos antepassados ainda é mantido naturalmente entre certa porcentagem da população. Como a mairia dos residentes são luteranos, dada a nova autonomia, estuda-se a possibilidade de mudar o nome da localidade para Município Arroio do Pastor.
DAT LAIREN: Também publicado pelo POMMERblad, é uma matéria raríssima no Brasil justamente por ter sido escrita inteiramente em pomerano. A autoria é de Edir Marli Foeger, Melgaço, Domingos Martins, Espírito Santo (material coletado por Dr. Ismael Tressmann). Muitas pessoas assumem, erroneamente, que pomerano e alemão são sinônimos. Apesar de existirem variantes distintas, o pomerano é um idioma sem igual e possui um riquíssimo histórico lingüístico. Como podemos ver, a língua pomerana é um assunto interessantíssimo para ser estudado mais a fundo.
A partir da cidade de Porto Lucena, Rio Grande do Sul, o grupo musical:
ECO LATINO!
A foto com o grupo musical, acima, foi scanneada do cartaz de propriedade e publicação do grupo Eco Latino © - JWG/Jornal Igaçaba ©
Uma revelação no canto!
Nome: Dalila Jacques Vorpagel
Apelido: Dali
Data de nascimento: 04/10/1994
Passatempo: Cantar, estudar, ler, etc
Cantor: Roberto Carlos
Cantora: Ivete Sangalo
Gênero Musical: Pop Rock
Musica que sempre canta: Anita Garibaldi
Sonho: Cursar Jornalismo
Dalila é vocalista do grupo musical Eco Latino, da cidade de Porto Lucena, estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Eco Latino realiza apresentações artísticas nas cidades da fronteira do sul do Brasil e até mesmo na própria República Argentina!
Autora da foto com o microfone: Roseile ©
ROQUE EM DESTAQUE: Não percam a programação semanal da Rádio Missioneira do município de São Luiz Gonzaga, um caderno radiofônico sobre a cidade vizinha de Roque Gonzales com apresentação do radialista Renê Leal - todas as segundas-feiras das onze horas da manhã ao meio dia.
Reforma na sepultura do pioneiro Helmuth Smidt foi inaugurada
Dia 02 de novembro de 2006, Dia de Finados, a Comunidade Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, de Cerro Largo, realizou culto de finados em homenagem a Helmuth Smidt no cemitério municipal, ao lado da sepultura reformada pela comunidade com o patrocínio de LH Dhamer Mármores e Granitos ©. O culto, ministrado pela pastora Marisa, foi às 17h45 e teve como objetivo lembrar o importante papel desempenhado por Helmuth Smidt na colonização de Cerro Largo.
A comunidade agradece a LH Dhamer Mármores e Granitos © pela reforma da sepultura e à folha da produção pela divulgação, destaca a presidente Adelaide Fitz.
Quem são
Os luteranos são cristãos evangélicos filiados à Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), oriunda da Reforma Protestante, que surgiu na Alemanha em 31 de outubro de 1517, liderada por Martin Lutero. Em 1824 chegaram ao Brasil os primeiros imigrantes, trazendo a fé luterana.
Quem era
E entre os imigrantes que chegaram em Serro Azul, estava Helmuth Smidt. Ele foi professor e exercia a função de pastor, com os cultos sendo realizados numa pequena igreja, localizada um pouco acima da atual sede do Sicredi. Smidt foi o fundador do cemitério, na época dividido em duas partes. A parte dos fundos para a Igreja Católica e a da frente para a Luterana.
Helmuth Smidt foi o segundo administrador da Colônia Serro Azul, de 1905 a 1914. Visando a harmonia entre católicos e protestantes, destinou a todos da Confissão Luterana para as Linhas 3, 4 e 5, atuais Dona Helena, Dona Otília e Boa Esperança.
Somente em 22 de julho de 1975 ressurgiu em Cerro Largo a comunidade evangélica luterana. Reformando a sepultura de Helmuth Smidt, queremos resgatar a história dos luteranos e a importância que tiveram na colonização, finaliza Adelaide.
Fonte: A matéria acima foi publicada no jornal regional Folha da Produção ©, da cidade de Cerro Largo, Rio Grande do Sul, Brasil, em nove de novembro de 2006.
Para ver imagens satélite da cidade de Cerro Largo, faça um clique AQUI!
HISTÓRICO DA COMUNIDADE DE ESQUINA EMANUEL
Geschite der Gemeinde Esquina Emanuel (in Portugiesisch)
Roque Gonzales (Munizip/município)
Rio Grande do Sul (Bundestaat/estado)
Brasil (Brasilien)
O nome Esquina Emanuel, foi escolhido pelos moradores desta localidade devido a Igreja, denominada Igreja Evangélica Luterana Emanuel, construída na esquina da estrada que liga esta comunidade a Roque Gonzales, São Paulo das Missões, Linha Barão e Cabeceira da Palmeira.
Esquina Emanuel está localizada a 13km da sede do município, a 236 metros em relação ao nível do mar, tendo como localidades vizinhas; ao sul Cabeceira do Cinamomo, ao oeste Cabeceira da Palmeira, ao leste Dona Helena e ao norte o município de São Paulo das Missões.
As primeiras famílias Vorpagel, Lorentzen, Grützmann, Havermann e Bergmann oriundos da região de Pelotas, Bom Jesus e São Pedro do Sul neste estado. Acostumadas a trabalhar em terras acidentadas, procuraram uma região parecida com a qual estavam acostumadas e aqui se instalaram, por volta do ano de 1909. Com muito cuidado e dificuldades os colonizadores começaram a derrubada da mata para prepararem suas lavouras.
A alimentação destes colonizadores era praticamente batata doce, arroz descascado em pilão, feijão e mandioca.
Junto com suas ferramentas também trouxeram sua crença em Deus e logo se preocuparam em construir um local onde pudessem se reunir e prestar seu culto, sendo assistidos pelo pastor Hufnagel, levantaram uma capelinha na linha Dona Helena, junto fizeram um cemitério no qual enterraram seus entes falecidos. Consta como primeira pessoa enterrada Wilhelm Berwaldt, falecido no dia 21 de fevereiro de 1913.
Em 1915 houve uma desavença entre os moradores e seguidores desta crença, que culminou com a divisão e transferência da igreja para o alto do morro, tendo como data oficial da fundação da Congregação Evangélica Luterana Emanuel, como 15 de março de 1915. Praticamente junto com a fundação da igreja fundaram também uma escola, para que os filhos dos colonizadores pudessem estudar. Sendo então assistidos pelo pastor que também servia de professor Curt Rachke.
Abertura de estradas, os meios de transporte e a distância até as cidades eram dificuldades sentidas pelos colonos. O gado de corte e a criação de porcos eram no início o que mais gerava renda. As carroças e charretes puxadas por bois ou cavalos transportavam as pessoas e os produtos até o comércio mais próximo, nas cidades de Cerro Largo, São Luiz Gonzaga, Santa Rosa e São Borja. Um dos produtos comercializados era a nata, que era juntada nos bolichos e uma vez por semana era transportada até Cerro Largo em tonéis, onde existia uma indústria de manteiga.
O primeiro automóvel que entrou nesta comunidade, foi um 29 comprado pelo senhor Ricardo Vorpagel, que se tornou muito útil, pois servia para transportar os moradores para diversos locais, principalmente para levar pessoas doentes ao hospital mais próximo, que estava localizado em Salvador das Missões.
No início a debulha das sementes como, arroz, feijão e soja era feita com cavalos ou bois, até o ano de 1953 quando o senhor Ricardo Vorpagel e sua família fabricaram a primeira trilhadeira, que fez o serviço para todos os moradores, após esta, várias trilhadeiras foram fabricadas.
A língua predominante dos moradores desta comunidade até hoje ainda é o pomerano, primeira língua que muitas crianças aprenderam antes de ir para escola, uma língua que vem de uma região da Alemanha que se chama Pamerânia (ver Pomerânia na enciclopédia internacional Wikipedia). Até o ano de 1941 os registros em livros, como livros de atas da Igreja, foram feitos em língua alemã. Após a 2a Guerra Mundial, todos são feitos em língua portuguesa.
No dia 18 de agosto de 1948, um incêndio destruiu a igreja, no momento em que o professor estava em aula com seus alunos. A Igreja era totalmente de madeira, tanto as paredes, assoalho, bem como o telhado que era de taboinhas. O incêndio foi provocado, por uma queimada feita próxima a igreja, pelo senhor Alberto Vorpagel. Quase nada do que estava dentro da igreja foi salvo, apenas o altar e alguns bancos. A partir deste momento foi apressada a construção da nova igreja, da qual já havia sido lançada a pedra fundamental, no dia 15 de fevereiro do mesmo ano. As dificuldades quanto à construção da nova igreja eram grandes. A Congregação já possuía uma olaria, para fabricar os tijolos, a areia era retirada do Rio Ijuí, para onde os moradores se deslocavam de madrugada, retiravam a areia, durante o dia e retornavam ao anoitecer. A nova Igreja foi inaugurada no dia 17 de setembro de 1950, sendo usados 105 mil tijolos para sua construção. O primeiro casamento realizado na nova igreja foi de Matim Vorpagel e Amália Grützmann.
Os alunos estavam tendo suas aulas em um pavilhão denominado, Lar da Juventude. No dia 15 de fevereiro de 1968 foi lançada a pedra fundamental da nova escola, sendo concluída e inaugurada no mesmo ano.
No dia 11 de maio de 1946, o Serviço Geográfico do Exército Brasileiro colocou, aqui nesta comunidade, um marco, denominado Marco Geodésico (Ciência que trata da forma e das dimensões da Terra, ou de pontos determinados de sua superfície), marcando como este ser o local mais alto da região, marco este ainda existente.
Também existem ao lado da quadra de esportes desta comunidade, três marcos em forma de triângulo, nos quais periodicamente o exército brasileiro, vem com aparelhagem sofisticada, fazer análises e testes. Estes marcos são bem antigos, não sabemos citar o ano em que foram colocados.
No ano de 1956, o senhor Alberto Klug, adquiriu em Santo Ângelo numa exposição a 1a vaca da raça Jérsei. A partir daquele momento e da compra deste animal, aumentou o interesse dos moradores de melhorar a genética de seus animais e aumentar a produção e venda de leite. Atualmente, a venda do leite é o carro chefe das propriedades desta comunidade.
No ano de 1958 começou a 1a linha de ônibus, que fazia o roteiro uma vez por semana para Cerro Largo.
O 1o trator, Valmet 60, foi adquirido no ano de 1962, pelo senhor Martim Klug, que no ano de 1972 também comprou a primeira colheitadeira, uma Ideal 800, estes dois equipamentos auxiliaram muito, os moradores desta localidade e das vizinhas.
No alto do morro foram perfurados 3 poços artesianos, todos eles secos, um com 205 metros de profundidade, outro com 186 metros e ainda, um terceiro com 75 metros de profundidade. No dia 16 de fevereiro de 1999, não mais no alto do morro e sim na encosta foi perfurado o 4o poço, que com 75 metros de profundidade, dá uma vazão testada de 15 mil metros cúbicos por hora. Poço este que está atualmente fornecendo água para os moradores de Esquina Emanuel e Serro do Paraíso, perfazendo 94 famílias atendidas. Água esta que os moradores desde o início assumiram e são responsáveis pelo pagamento até hoje.
Fatos contados e vividos pelos moradores da Comunidade
Contam os moradores mais antigos desta Comunidade, que o nome Dona Helena (linha 5) se deu por causa da 1a criança que nasceu neste local ter recebido o nome de Helena. Esquina Emanuel e Dona Helena são localidades próximas e uma depende da outra.
Um fato que é muito comentado, como sendo uma história verdadeira, foi a caçada de um tigre, feita pelo senhor Bertholdo Vorpagel no início da colonização. Animais para caçar existiam em abundância e os moradores possuíam cães de caça ferozes. No dia deste fato, do qual não se sabe o dia certo que ocorreu, o senhor Bertholdo e dois irmãos entraram mata adentro, acompanhados por 9 cães de caça. Quando de repente os cães fizeram um barulho imenso, aproximando-se do local, viram que os cães haviam encontrado um tigre no alto de uma árvore, grossa e inclinada. Bertholdo Vorpagel, acompanhado por sua espingarda de caça, não teve dúvida, mirou para o lado da fera e desferiu-lhe um tiro. Não se importando com o ocorrido a fera continuou em seu lugar. Tentando dar outro tiro, seu Bertholdo se posicionou, mas sua espingarda negou fogo. Seus irmãos com medo e preocupados com o tamanho da fera, fugiram deixando-o sozinho. Pensou em estar bem acompanhado por seus 9 cães de caça, cortou uma vara comprida e começou a cutucar a fera, que após algum tempo resolveu descer da árvore. Quando no chão imediatamente os cães se puseram na fera, que já de prontidão matou 2 cachorros. Não sabendo o que fazer devido a fera estar irritada, não deixando que os cães se aproximassem e sabendo que a espingarda não estava funcionando, Bertholdo de posse de um machado, que haviam levado junto mata a dentro, lentamente foi por trás da fera, que se descuidou, desferindo uma violenta machadada na cabeça do animal, matando-o ali mesmo. O toco da árvore ainda existe até hoje conservado em local de difícil acesso.
Outro fato contado aconteceu no ano de 1915, na localidade de linha Dona Helena, onde os moradores construíram primeira igreja. Conta-se que em virtude de uma desavença havida entre freqüentadores da igreja, um grupo resolveu de durante a noite sumir com a igreja, desmanchando e escondendo a madeira com que havia sido construída. Madeira que alguns dias mais tarde foi transportada para o alto do morro, onde foi usada para construção da nova igreja.
(Fonte: pesquisa realizada junto aos moradores desta comunidade. É um pequeno relatório, que traz algumas informações sobre nossa comunidade e seus colonizadores. Muitos fatos ainda surgirão e serão relatados em relatórios posteriores.).
Texto do histórico: Professor Laurindo Armando Borth ©.
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Fotos: Acervo Família Klug ©
Legenda das fotos: Agência Igaçaba ©.
FOTOS E LEGENDAS:
Igreja Esquina Emanuel em dia de festejos, após sua reconstrução.
As famílias dos colonizadores alemães e pomeranos eram muito numerosas, como atesta esta foto, vendo-se também ao fundo, uma típica habitação.
O grupo de canto na Igreja Luterana, ao som do órgão, num dia de casamento.
Um dos primeiros transportes coletivos, sofrendo avaria num pneu.
O gado, fonte de riqueza na produção do leite.
Uma caminhonete Chevrolet © da década de 1940, transportando reses pelo estradão.
Um casamento da época.
Produtos coloniais, como ovos, sabão caseiro, entre outros.
Martin Klug e suas irmãs Joana e Elisabete. Líder político da comunidade, Martin foi eleito suplente de vereador na Câmara Municipal de Vereadores de Roque Gonzales, 2a Legislatura (1973-1976).
Esquina Emanuel (cores) - Casamento na igreja da Esquina Emanuel, vendo-se ao fundo o histórico altar.
Atenção! Nota de copyright (©): É proibido qualquer reprodução destas imagens, seja para uso pessoal ou comercial, sem antes receber autorização por escrito de um/uma representante do acervo fotográfico da família Klug.
apresentação pessoal - einführung
SANDRA KLUG
Foto Roque ©
Mensagem:
Quanto mais você se torna inflexível, mais está perdendo a vida.
Viver é arriscado, morrer é que não tem nenhum risco.
Tradução informal em pomerano:
Wo meia as du hat boist iam Lévant, meia foliost du fôm Lévant.
Levant ias iifielich, wiena aista dout ias diant iast niame iifielich.
Foto Roque ©
Data de nascimento: 13/09/1981, Roque Gonzales
Filiação: Martim Klug e Silvana Klug
Maior qualidade: Prestativa
Medo: Da solidão
Sucesso: Meu trabalho
Fracasso: Confiar demais nas pessoas
Música inesquecível: Royal Journey (André Andreo)
Filme: Os estagiários (comédia)
Livro: O sentido da vida - tradução de Luiz Fernando Veríssimo
Hobby: Viajar, projetar modelos na área de confecções
O que é duro de engolir: Arrogância e injustiça
Uma viagem marcante: Porto Rico, Argentina
O que faz para espantar a tristeza: Gosto de ouvir música
Um elogio inesquecível: Que sou um ser humano admirável
Orgulho de: Ser do bem
Um desafio: Encarar a vida todos os dias com a mesma coragem
Marca pessoal: Humildade
O que te emociona: A vida
O que te decepciona: A forma como o ser humano é tratado
O que não pode faltar no seu dia-a-dia: Música e alto astral
Um fato positivo que te marcou: O dia da minha formatura
Sonho: Me formar em turismo e design de moda
IX Encontro Intermunicipal da Mulher
Realizou-se no sábado, dia 07 de outubro de 2006, o IX Encontro Intermunicipal da Mulher, na localidade de Vila Dona Otília, Roque Gonzales. O evento foi promovido pela Emater/RS-Ascar e Conselho dos Clubes de Mães de Roque Gonzales.
Bertha Lutz: Pioneira da luta pelo direito ao voto femenino no Brasil.
O encontro teve seu sucesso consagrado pela presença de autoridades locais e dos municípios de Porto Xavier, Porto Lucena e Pirapó. Do Gerente Regional da Emater/RS-Ascar de Santa Rosa, Jorge Lunardi e da ATR de BES, Clotilde Bao, além do público de mais de 600 mulheres que se empolgaram com a realização deste evento.
O Encontro iniciou pela manhã com um Culto Ecumênico, após teve palestra sobre auto-estima com a Pastora Mariza Alebrant. Ainda antes do meio-dia tivemos palestra sobre Segurança e Soberania Alimentar com a Neca da Emater. Ao meio dia almoço. À tarde apresentações artísticas com o Grupo de Danças da Terceira Idade de Vila Dona Otília, grupo de alunos da Escola Municipal Martin Luther e ainda apresentações de danças do CTG Sentinelas da Cascata, da cidade de Roque Gonzales.
Como era um dia de festa para todos teve sorteio de vários brindes, brincadeiras e um sarau dançante.
Esses encontros são muito importantes, pois proporcionam as mulheres rurais e também urbanas, um dia de lazer, recreação e reencontros.
A todos que se apresentaram e prestigiaram este evento os nossos sinceros agradecimentos.
Texto por Marisete Rockenbach
Extensionista Emater
Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural - Emater
Município de Roque Gonzales,
Estado do Rio Grande do Sul,
BRASIL
DOIS CONTOS (zwei Essays):
Imperfeição das palavras
Findava-se o ano de 2004. Ainda no mês de novembro eu já fazia planos para a festa de formatura da nossa turma. Já imaginava tudo pronto, o professor chamando-me para fazer o discurso como representante dos alunos, os elogios, os parabéns e a diversão.
Tudo passou tão rápido quando iniciamos nossos estudos em 1996, a turma era grande. Poucos de nós nos conhecíamos. Mas com o passar dos anos alguns ficaram para trás, mas nada que nos fizesse desistir, pois ao mesmo tempo em que perdíamos colegas que paravam de estudar ou reprovavam, encontrávamos companheiros que seguiam juntamente com nós, compartilhando do mesmo sonho.
Estávamos já no final da 8a série, 22 alunos, alguns tímidos, outros mais soltos, mas ao todo éramos uma turma maravilhosa. Se formos falar de cada um, teríamos assunto para um livro.
Para mim houve colegas mais especiais, mas todos ficaram marcados em minha vida. Infelizmente o resultado final não foi dos mais agradáveis, mas enfim, nada é perfeito. Dos alunos que foram aprovados, nem todos participaram da solenidade de formatura, mas os que participaram com certeza gostaram.
Eu especialmente estava muito feliz, tive a honra de ser escolhida pelos meus colegas como oradora da turma. Estava tudo perfeito, roupa nova, texto pronto, toda família reunida. Mas naquela ocasião sentia a falta de uma pessoa muito importante, minha avó paterna, que falecera há quase um ano atrás. Mas tenho orgulho em dizer que contei com o apoio dela, mesmo ela não estando fisicamente comigo.
Mas como a perfeição total não existe, apesar de a solenidade ter sido maravilhosa, ao final, enquanto até pessoas desconhecidas me parabenizavam, todos os meus familiares me cumprimentavam, sentia a falta de uma das pessoas mais importantes para mim, minha mãe, que dias depois me disse que não havia me parabenizado porque era uma conquista insignificante, e que só seria importante quando eu me formasse na faculdade e tivesse um emprego para lhe dar presentes e dinheiro. Ao contrário do que minha mãe disse, meu pai me disse que era o orgulho dele e que sempre iria me apoiar e incentivar em tudo o que eu quisesse.
Porém continuo minha vida, não guardo mágoas, mas sinto como algumas pessoas são egoístas e só pensam em riquezas materiais.
Marili Cantini Rediess tem 16 anos, é filha de Elvin Rediess e Meri Terezinha Cantini Rediess. Estudante do 2o Ano do Ensino Médio na Escola Estadual de Educação Básica Érico Veríssimo. Adora ler e praticar esportes. É natural de Roque Gonzales e reside na Linha Portão.
Tapera velha
Um grupo de turistas paulistas decidiu passar as férias no sul do Brasil. Corria o mês de janeiro de 1985.
No aeroporto, todos aguardavam a chamada para o vôo. Mas um turista, o Pereira Nunes, tinha uma sensação estranha: às vezes achava ser chamado por alguém, sem saber quem. O vôo foi chamado e o avião decolou.
O Pereira Nunes, enquanto lia um jornal, adormeceu. Teve então um sonho ainda mais estranho: de um rancho abandonado saía um garoto e um cão repetidas vezes e, quando aquele ia lhe dirigir a palavra, o Pereira foi acordado por um grande tumulto.
O avião havia perdido altitude e o piloto o controle. A essa hora já sobrevoavam o Rio Grande do Sul.
O avião cortou o espaço e as árvores e parou violentamente. O Pereira sofrera alguns arranhões, por incrível que pareça, enquanto que alguns apresentavam o corpo ensangüentado e outros se queixavam de dores. A situação era caótica. Dois tripulantes morreram.
Mas, no entanto, conseguiu-se abrir uma portinhola, e os tripulantes foram saindo, inclusive Pereira Nunes, que fora buscar ajuda.
Uma escura, densa e deserta vegetação estava à sua frente, fazendo-o desesperançoso. Mas este não desistiu e, ao ver uma pequena casa, ficou pasmado.
Era a mesma do seu sonho. E não tardou a sair dela um garoto e seu cão, que se dirigiram a ele perguntando se não tinha visto gado solto. Pereira disse que não e, quando ia pedir ajuda, os dois desapareceram como mágica.
Agora estava mais confusa a situação, mas Pereira não desistiu e, após duas horas, encontrou um povoado.
Imediatamente as pessoas partiram ao resgate e Pereira contou o que tinha visto. Um velho, ao ouvir, explicou que ele presenciara a lenda da tapera velha.
Esta dizia que um casal, seu filho e um cusco habitavam felizes aquele rancho, até que ladrões de gado roubaram a sua criação. O filho e o cão estavam sozinhos em casa e tentaram impedir, mas foram mortos, assombrando, daí pra frente o local, até que viesse alguém libertar suas almas.
Pereira pensou ser tal pessoa por causa do sonho e foi, dias mais tarde, à tapera velha.
Mas este não a viu mais, pois desabara em função do tempo. Estava tudo quieto e Pereira voltou para São Paulo, acreditando ser tudo uma ilusão. Mas ele sentia que alguém o chamava.
Ridiguer Ittner Radiess nasceu no dia 19/03/1990, residindo desde então em Dona Otília Norte, Roque Gonzales. Iniciou sua vida escolar aos 6 anos na Escola Municipal de Ensino Fundamental Martin Luther (Dona Otília) onde concluiu o Ensino Fundamental, estando agora na Escola Estadual de Educação Básica Érico Veríssimo, onde freqüenta a 2a série do Ensino Médio.
Dia da Reforma Luterana
No próximo dia 31 de outubro de 2006, terá lugar na Linha Portão, interior do município de Roque Gonzales/RS, a partir das 14h30min. Um Encontro das Igrejas Luteranas, com ato religioso e confraternização entre as comunidades presentes.
Em Roque Gonzales existe a Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil – IECLB e Igreja Evangélica Luterana do Brasil - IELB, com sede nas Comunidades de Vila Dona Otília (fundação em 1908) e Esquina Emanuel (fundação em 1909).
Foto ao lado: O quarto de Martinho Lutero no castelo de Wartburg, em Eisenach, Alemanha, nas condições em que se encontrava por volta de 1900. Lutherstube auf der Wartburg, Eisenach, Deutschland c. 1900.
O Dia da Reforma Luterana é uma data que consta do calendário de feriados oficiais do município de Roque Gonzales, instituído pela Câmara Municipal de Vereadores.
Agência Igaçaba ©.